segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Ainda as obras e as quedas

No outro dia, dei por mim a falar da minha escola,nomeadamnete das eternas obras e das quedas e acidentes que entretanto têm ocorrido, mas confesso que o fiz com a sensação de alívio por não pertencer à lista dos que têm por lá caído. Ups, lá se foi a sensação de ser apenas espectadora e passei a personagem. Digamos que o filmezinho foi quase de terror. Visualizem rampas de acesso para deficientes que se desloquem em cadeiras de rodas. Tudo bem, são óptimas para quem já vai tendo algumas dores nas articulações e até dá jeito não ter de levantar o pé e subir as escadas. Agora imaginem que o único acesso ao único bloco que funciona com quase tudo o que tu precisas numa escola já não tem degraus, mas apenas uma rampa de acesso para deficientes. Agora, imagina-a «forrada» com azulejos tipicamente para salões de jantar, com florões e relevos e principalmente com brilho. Sim, brilho que com a água da chuva os torna em apetitosas armadilhas para trambolhões e ossos partidos. Pois é o que acontece em todas as rampas da minha escola. Lindos azulejos que provocam escorregadelas fenomenais. E nem os famosos ténis me salvaram quando, num dia de chuva, carregada como uma prof. de carga, escorreguei nos famosos e lindos florões e quase, mas por um triz, ou uma unha negra, vi o meu rabiosque a bater com toda a violência no chão. Não teria tido salvação. Agora estaria no mínimo com algumas vértebras partidas. Foi um anjinho que me salvou. Só pode ter sido. A partir desse dia passei a respeitar os «anjos da guarda». O meu equilibrou-me no último derradeiro segundo em que pressenti a violência da queda e vi a minha vidinha ainda mais deprimente com algum ossinho a menos...
Estou deveras preocupada. Aquelas obras não parecem ter fim. A escola está deprimente. Os barracões são arcas frigoríficas ao primeiro tempo da manhã. A humidade anda no ar e a chuva molha-nos em todos os intervalos. Neste momento,só para não me deslocar diariamente para os barracões, a ideia de ficar em casa a curar o ossinho fracturado até se apresenta deprimentemente interessante. Hum... malditas obras. Hum...maldita humidade...maldita vidinha triste...Hum...maldita

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