sexta-feira, 25 de abril de 2014

De volta!!!

Voltei a entrar no meu velho blog. Tenho saudades dos tempos em que fiz dele uma ferramenta de trabalho. Eu que criticava outras redes sociais e que pensava que a existência deste blog seria por muito tempo, enganei-me. Agora quando escrevo é para um público selecionado, mais dirigido, o blog pode ser lido em qualquer parte do mundo, por qualquer pessoa, mas... perdeu a magia... sem tempo para escrever, confesso que me rendi aos «like» e «partilhar», são rápidos e não exigem muito de mim... penso que é desta vez que parto... ou talvez não... uma parte da minha vida ficou aqui registada, «but who cares?»

terça-feira, 10 de julho de 2012

Blog adormecido

Olá leitores... há algum tempo atrás li um artigo que anunciava a morte dos blogs e não acreditei. Depois...deixei de postar...afastei-me... e acabei por dar razão ao autor do artigo, o blog estava em extinção...pelo menos o meu. Confesso que só cá venho para controlar os seguidores, desde que descobri que tinha um blog seguidor que apresentava conteúdos impróprios para jovens alunos que foram durante muito tempo os meus principais destinatários, fiquei consciente de mais um perigo que por aí anda...Mas hoje decidi entrar no blog como administradora e postar qualquer coisinha... de facto apetece-me ressuscitar este blog...duvido que tenha leitores.Penso que estão muito ocupados no face book (que não tenho) a postarem comentários às fotos de cada um e outros comentários...Talvez para o próximo ano letivo dinamize este espaço que já tem alguns anitos, torná-lo mais ativo, dinâmico, quem sabe.Sem público não se sobrevive por aqui. Quem sabe... Prof. Carol

sábado, 30 de abril de 2011

MONTAGENS QUE ME FAZEM RIR

Fim de semana. Levantei-me cedo para levar o miúdo aos jogos de Primavera. Temporal infernal. O miúdo vai ficar doente. com um tempo destes, os jogos só podem ser de INVERNO. O que fazer com o resto do dia. só me ocorrem ideias infelizes: voltar para a cama e por lá ficar, limpar a casa. Depois de muito diálogo interior, conflitos e discussões, lá me decidi pela limpeza. Só podia ser uma má escolha. Limpar o chão da cozinha com lixivia. Altamente tóxica. Fiquei com o chão de «molho» para limpar todos os vincos mais encardidos. Já lá não posso entrar nos próximos tempos, ou não fará efeito. Porreiro, pá, vou para o computador e já ganhei o dia, já esqueci o cheiro e os olhos maltratados. Já ri até chorar. Valeu a pena. Vale a pena espreitar o blog
http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com
humor espectacular, bastante crítico e divertido. As montagens são divinais e criativas. Algumas são tão giras que só dá vontade de imprimir e forrar as paredes do quarto. Pelo menos, quando estiver mais deprimida, basta olhar para elas e rir, rir, rir até fartar.

http://wehavekaosinthegarden.files.wordpress.com/2011/04/paulo-portas-ascensorista.jpg

http://wehavekaosinthegarden.files.wordpress.com/2011/04/teixeira-dos-santos-socrates-de-costas-voltadas.jpg




















sexta-feira, 29 de abril de 2011

Morremos lentamente?? Talvez sim, talvez não

Poema encontrado em http://ninguemle.org/




Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O “preto no branco”
E os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!

Pablo Neruda

sábado, 1 de janeiro de 2011

Depressão pós pausa lectiva

Aí vem ela, a depressão pós pausa lectiva. Ocorre em todas as pausas, pelo menos comigo é quase sistemática. Assim que se aproxima o seu fim, começa a angústia, o constante adiar do inevitável: AULAS, AULAS E MAIS AULAS.
Pois, eu sei que vivo das AULAS, sem as AULAS fico deprimida, mas voltar é sempre horrível e voltar em 2011,ainda mais deprimente.
Imagino-me a não conseguir dormir amanhã com o stresse de não acordar a horas, a insónia de véspera e o dia horroroso que vou ter a preparar as AULAS DE SEGUNDA.Não necessariamente nesta ordem, claro.
Penso que este sentimento de quase rejeição também é comum a muitos docentes. Conheço algumas colegas que já estão hoje, ainda sábado, muito stressadas com a reunião de nível, a marcação dos testes ou a confirmação das visitas de estudo... Eu, em todas as pausas, fico assim, mas esta está a ser a mais difícil. Porquê? Basta andar minimamente actualizada, ler os blogs certos e deprimir. Quem se preocupa com a depressão dos docentes? Bah, ninguém se preocupa com os profs, somos completamente descartáveis, substituídos,etc, mas o que me preocupa também é que dar aulas não consiste em despejar matéria, ligar o quadro interactivo e mandar copiar, pôr um videozeco e mandar fazer uns exercícios, enganem-se os tolos que nos desvalorizam. Ensinar é antes de mais estar predisposto para comunicar, interagir, provocar o pensamento e o espírito crítico dos nossos alunos, motivá-los para a aprendizagem, levá-los ao conhecimento. Como conseguirei eu, prof. desmotivada e deprimida, na segunda, operar o milagre da transformação e entrar sorridente(quando só apetece chorar/praguejar)e voltar a interessar-me por cada um e por todos?
Levar esta missão até ao fim é trabalho cada vez mais árduo e deprimente.Cada vez mais encontro colegas que saem do sistema mais cedo com reforma antecipada.Ah, como as invejo! Cada vez há mais colegas que não aguentam a depressão e ficam em casa de testado médico. Ah, como eu temo este destino que, na falta de outra solução, me parece o mais certo.
Depressões à parte, vou tentar animar-me com o filme «Anjos e Demónios» que vai dar já a seguir. Como gostei do livro, tenho interesse em ver o filme, mas só não sei se vou conseguir não adormecer durante os longos intervalos com os quais tentam torturar os nossos pobres cérebros...Até quando nos tentamos divertir, senhores, até aqui!!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

SMSs de Natal

Amiguinhos,
este espaço tem andado muito desprezado e a culpa é toda minha.
Este primeiro período foi desgastante mas positivo.
Este ano tenho uma turma fantástica de AP e os trabalhos que estão a desenvolver têm muita qualidade.
Mais uma vez fartei-me de ver testes e fiquei com a sensação e a certeza de que a minha vida se resume a isto: fazer e ver testes durante os fins de semana, feriados e tempos livres.
Assim,não houve tempo de qualidade para comprar as prendas para o pessoal. Soa a desculpa mal cozinhada, mas é a verdade.
Agora sinto o vazio da paragem lectiva.
Papel para arquivar, livros para ler para os próximos contratos de leitura, reler Memorial do Convento e a consciência de que a paragem só serve para me stressar, afinal, por que não consigo ser como Caeiro e viver o presente sem pensar em mais nada? Afinal, parece que não aprendo nada com o que ensino... é noite de Natal e eu a falar de mim, da escola, dos testes. Que vidinha triste.
Agora compreendem se vos disser que invejo frequentemente a vidinha feliz que o meu peixinho vermelho tem, pelo menos a esta hora já descansa tranquilo no fundo do aquário e eu ainda tenho de ir dar as prendinhas arranjadas à pressa ao pessoal...
A nossa vidinha pode ser o que nós quisermos...mesmo com prendinhas tolas e desajeitadas o que interessa é a gozar o momento da partilha...
Por isso, partilho convosco,com os que me seguem, os meus «amiguinhos», os desejos de: um bom Natal.
um futuro mais positivo.
um ano 2011 melhor.

Um bom Natal para todos.

domingo, 31 de outubro de 2010

Milagrário Pessoal de José Eduardo Agualusa



Amiguinhos,
apesar de estar a trabalhar como «uma danada»( o Caeiro que me perdoe, pois lembrei-me do verso «vi como um danado»)e sem parar desde ontem (posso fazer a listinha, mas «who cares!!!»), consegui terminar o último livro de Agualusa, Milagrário Pessoal. Confesso que quando li As Mulheres de Meu Pai,(2007) fiquei um pouco descontente e o meu apego às obras de Mia Couto aumentou, por comparação ( uma dedicação exagerada,confesso. Após a leitura de quase toda a sua obra em busca de um tema para a minha tese...,neste momento a sua escrita já não me atrai e não consigo sequer pegar em novos romances...).
Agualusa apareceu por acaso, este ano, como tinha aparecido, por acaso, há alguns anos atrás , quando uma colega o convidou para vir à nossa escola (penso que até aceitou, mas não estava no país quando fizemos o encontro de escritores.) Este ano, o seu livro apareceu na lista de sugestões de leitura para o 12º ano e, neste momento, recomendo-o vivamente aos meus alunos. Em quase todas as aulas lá levo o livrinho para ler uma passagem e incentivar à sua leitura.
Já há algum tempo que não lia com tanto prazer. Penso que depois de entregar a tese, perdi o gosto pela leitura que reencontrei agora, com o Milagrário Pessoal. Apreciei a linguagem viva do autor,assim como as referências que nos vai dando de obras que conheço ou que quero consultar. A intriga do romance gira em torno de uma misteriosa lista de palavras novas (neologismos) e adensa-se o seu mistério com o Professor e Iara em busca de respostas, quase ao jeito de uma dupla romântica impossível (pela distância de idades, mas muito sensual...) Houve momentos em que pensei estar perante uma dinâmica que encontrara em Dan Brown e O Código Da Vinci. Quanto ao final...uma surpresa que não revelo, claro,pois o objectivo é que leiam o livro.


Sinopse (da editora): Iara, jovem linguista portuguesa, faz uma incrível descoberta: alguém, ou alguma coisa, está a subverter a nossa língua, a nível global, de forma insidiosa, porém avassaladora e irremediável. Milagrário Pessoal, o novo livro do autor, é um romance de amor e, ao mesmo tempo, uma viagem através da história da língua portuguesa, das suas origens à actualidade, percorrendo os diferentes territórios aos quais a mesma se vem afeiçoando.