Fim de semana. Levantei-me cedo para levar o miúdo aos jogos de Primavera. Temporal infernal. O miúdo vai ficar doente. com um tempo destes, os jogos só podem ser de INVERNO. O que fazer com o resto do dia. só me ocorrem ideias infelizes: voltar para a cama e por lá ficar, limpar a casa. Depois de muito diálogo interior, conflitos e discussões, lá me decidi pela limpeza. Só podia ser uma má escolha. Limpar o chão da cozinha com lixivia. Altamente tóxica. Fiquei com o chão de «molho» para limpar todos os vincos mais encardidos. Já lá não posso entrar nos próximos tempos, ou não fará efeito. Porreiro, pá, vou para o computador e já ganhei o dia, já esqueci o cheiro e os olhos maltratados. Já ri até chorar. Valeu a pena. Vale a pena espreitar o blog
http://wehavekaosinthegarden.wordpress.com
humor espectacular, bastante crítico e divertido. As montagens são divinais e criativas. Algumas são tão giras que só dá vontade de imprimir e forrar as paredes do quarto. Pelo menos, quando estiver mais deprimida, basta olhar para elas e rir, rir, rir até fartar.
http://wehavekaosinthegarden.files.wordpress.com/2011/04/paulo-portas-ascensorista.jpg
http://wehavekaosinthegarden.files.wordpress.com/2011/04/teixeira-dos-santos-socrates-de-costas-voltadas.jpg
sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Morremos lentamente?? Talvez sim, talvez não
Poema encontrado em http://ninguemle.org/
Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O “preto no branco”
E os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O “preto no branco”
E os “pontos nos is” a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da
Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!
Pablo Neruda
sábado, 1 de janeiro de 2011
Depressão pós pausa lectiva
Aí vem ela, a depressão pós pausa lectiva. Ocorre em todas as pausas, pelo menos comigo é quase sistemática. Assim que se aproxima o seu fim, começa a angústia, o constante adiar do inevitável: AULAS, AULAS E MAIS AULAS.
Pois, eu sei que vivo das AULAS, sem as AULAS fico deprimida, mas voltar é sempre horrível e voltar em 2011,ainda mais deprimente.
Imagino-me a não conseguir dormir amanhã com o stresse de não acordar a horas, a insónia de véspera e o dia horroroso que vou ter a preparar as AULAS DE SEGUNDA.Não necessariamente nesta ordem, claro.
Penso que este sentimento de quase rejeição também é comum a muitos docentes. Conheço algumas colegas que já estão hoje, ainda sábado, muito stressadas com a reunião de nível, a marcação dos testes ou a confirmação das visitas de estudo... Eu, em todas as pausas, fico assim, mas esta está a ser a mais difícil. Porquê? Basta andar minimamente actualizada, ler os blogs certos e deprimir. Quem se preocupa com a depressão dos docentes? Bah, ninguém se preocupa com os profs, somos completamente descartáveis, substituídos,etc, mas o que me preocupa também é que dar aulas não consiste em despejar matéria, ligar o quadro interactivo e mandar copiar, pôr um videozeco e mandar fazer uns exercícios, enganem-se os tolos que nos desvalorizam. Ensinar é antes de mais estar predisposto para comunicar, interagir, provocar o pensamento e o espírito crítico dos nossos alunos, motivá-los para a aprendizagem, levá-los ao conhecimento. Como conseguirei eu, prof. desmotivada e deprimida, na segunda, operar o milagre da transformação e entrar sorridente(quando só apetece chorar/praguejar)e voltar a interessar-me por cada um e por todos?
Levar esta missão até ao fim é trabalho cada vez mais árduo e deprimente.Cada vez mais encontro colegas que saem do sistema mais cedo com reforma antecipada.Ah, como as invejo! Cada vez há mais colegas que não aguentam a depressão e ficam em casa de testado médico. Ah, como eu temo este destino que, na falta de outra solução, me parece o mais certo.
Depressões à parte, vou tentar animar-me com o filme «Anjos e Demónios» que vai dar já a seguir. Como gostei do livro, tenho interesse em ver o filme, mas só não sei se vou conseguir não adormecer durante os longos intervalos com os quais tentam torturar os nossos pobres cérebros...Até quando nos tentamos divertir, senhores, até aqui!!
Pois, eu sei que vivo das AULAS, sem as AULAS fico deprimida, mas voltar é sempre horrível e voltar em 2011,ainda mais deprimente.
Imagino-me a não conseguir dormir amanhã com o stresse de não acordar a horas, a insónia de véspera e o dia horroroso que vou ter a preparar as AULAS DE SEGUNDA.Não necessariamente nesta ordem, claro.
Penso que este sentimento de quase rejeição também é comum a muitos docentes. Conheço algumas colegas que já estão hoje, ainda sábado, muito stressadas com a reunião de nível, a marcação dos testes ou a confirmação das visitas de estudo... Eu, em todas as pausas, fico assim, mas esta está a ser a mais difícil. Porquê? Basta andar minimamente actualizada, ler os blogs certos e deprimir. Quem se preocupa com a depressão dos docentes? Bah, ninguém se preocupa com os profs, somos completamente descartáveis, substituídos,etc, mas o que me preocupa também é que dar aulas não consiste em despejar matéria, ligar o quadro interactivo e mandar copiar, pôr um videozeco e mandar fazer uns exercícios, enganem-se os tolos que nos desvalorizam. Ensinar é antes de mais estar predisposto para comunicar, interagir, provocar o pensamento e o espírito crítico dos nossos alunos, motivá-los para a aprendizagem, levá-los ao conhecimento. Como conseguirei eu, prof. desmotivada e deprimida, na segunda, operar o milagre da transformação e entrar sorridente(quando só apetece chorar/praguejar)e voltar a interessar-me por cada um e por todos?
Levar esta missão até ao fim é trabalho cada vez mais árduo e deprimente.Cada vez mais encontro colegas que saem do sistema mais cedo com reforma antecipada.Ah, como as invejo! Cada vez há mais colegas que não aguentam a depressão e ficam em casa de testado médico. Ah, como eu temo este destino que, na falta de outra solução, me parece o mais certo.
Depressões à parte, vou tentar animar-me com o filme «Anjos e Demónios» que vai dar já a seguir. Como gostei do livro, tenho interesse em ver o filme, mas só não sei se vou conseguir não adormecer durante os longos intervalos com os quais tentam torturar os nossos pobres cérebros...Até quando nos tentamos divertir, senhores, até aqui!!
Subscrever:
Mensagens (Atom)